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Mostrando postagens de 2014

Mensagem para 2015

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Malala - Uma menina entre muitas

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Nesta semana tão importante em que se comemorou o Dia Internacional dos Direitos Humanos - 10 de Dezembro -, este vídeo circula o mundo para proclamar o direito de nossas meninas à educação. Em homenagem à Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2014, mais de 40 meninas reproduziram um dos seus discursos.

A Felicidade não se engole

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A Felicidade não se engole... Não se engole, não se consome, não se compra? Será mesmo? Tem certeza que a felicidade não está no seu carro novo, na sua roupa de marca, no antidepressivo que o médico receitou, no açúcar que você tanto adora, no celular do momento, na nota da prova, na viagem do ano? Será mesmo? Todos dizem que está! Ah, a felicidade... o que será isso? É um sentimento, é um “estado de alma”, um elogio a si mesmo, uma euforia partilhada com os outros, ou uma coisa que se possui e se adquire, uma espécie de poder que precisa ser exercitado e exibido? Sim, como no facebook! Falar com todo mundo o tempo todo, estar conectado, mostrar o quanto "sou lindo e tudo o que conquisto”. Será isso a felicidade? Se estou no facebook estou feliz? As vezes nem tanto. Além do facebook, para "ficar feliz”, de vez em quando “preciso de uns comprimidos que eliminam aquele vazio, uma coisa estranha, meio deprê, um negócio que acaba com a autoestima, com min

Um diálogo sobre infância, ética e amor

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Instituto Alana, Humberto Maturana (importante pesquisador chileno)  e Ximena Davila. 3 minutos que valem a pena!

Consciência Negra: juventude, violência e alteridade

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https://anistia.org.br/campanhas/jovemnegrovivo/ Alteridade diz respeito à capacidade humana de reconhecer a existência do outro e se colocar no lugar dele, um exercício muito complexo para os habitantes desse nosso planeta Terra, especialmente nos últimos cinco séculos, que marcam o que denominamos Modernidade. Desde quando os europeus invadiram a América - posto que a versão sobre a "descoberta" não mais se sustenta -, iniciou-se um período de dominação e escravidão que poucos brasileiros se dispõem a estudar e compreender. Tanto os índios de todo o continente americano quanto os negros trazidos da África não tiveram a possibilidade de viver como pessoas. Ao contrário, foram massacrados e utilizados como força de trabalho, enquanto os senhores brancos europeus lucravam, enriqueciam e matavam. Darci Ribeiro, no seu brilhante livro O Povo Brasileiro, discorre sobre o que chamou de genocídio contra índios e negros, praticados pelo cultos e letrados europeus. Os fi

O Ódio no Brasil

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   O conhecimento pode ser um instrumento para combater a violência e o ódio.  Por isso esta aula de história é tão importante. Leandro Karnal, historiador, doutor professor e escritor.

Congresso Brasileiro de Psicologia

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Mais informações: http://www.cienciaeprofissao.com.br/

A insanidade e incivilidade do ódio

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Posso estar enganada, mas tenho percebido que todas as pessoas que têm o mínimo de bom senso estão assustadas com o nível de ódio que os brasileiros estão demonstrando nas redes sociais e no trato cotidiano com seus pares, especialmente se estes forem diferentes do esperado. Caso o parente tenha votado em um candidato que não é o escolhido pela família, caso o colega de trabalho pense de maneira distinta dos outros ou seja nordestino, encontra-se em posição de vulnerabilidade a insultos de toda a ordem. Ou seja, apenas por não se encaixar em um determinado padrão de pensamento ou de origem étnico geográfica, digamos assim, uma pessoa pode ser ofendida e literalmente xingada nas timelines da internet ou no supermercado da esquina. Por esse motivo, eu, que há dois anos participava do facebook, já não participo mais (a não ser pela Clínica Recriando Vínculos Psicoterapia). Ouço relatos sobre as outras redes sociais, que parecem estar ainda mais odiosas, contaminadas por discursos r

Palestra Sexualidade

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Dia dos Professores

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Em comemoração ao Dia 15 de Outubro,  data que homenageia nossos queridos professores e educadores. Ou ainda, nossos insistentes sonhadores!

Um novo olhar para a infância

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Um dos livros mais belos que já li em toda a minha vida foi A Desumanização (2014), escrito por Valter Hugo Mãe, grande autor português reconhecido internacionalmente. É a história de uma menina de 11 anos que vive na Islândia e perdeu a irmã gêmea. Toda sua família sofre com a morte desta criança, chamada Sigridur, “a criança plantada” que “não podia voltar”. A narrativa do livro é tão épica quanto trágica e lírica, encantando os leitores que amam poesia. Halla, a irmã sobrevivente que conta a história (o romance foi escrito em primeira pessoa), é a heroína deste mundo desumano em que vivemos. Sua redenção, se é que existe, são as palavras, os poemas do pai, os livros e a possibilidade de fugir do lugar onde vive. O sofrimento e a solidão de Halla nos toca profundamente, a menos que não sejamos mais humanos. Halla representa ao mesmo tempo a dor da humanidade e a busca pela vida. Impossível não nos identificarmos com essa magnífica personagem, impossível não pensarmos na

Literatura, Escola e Adolescência: novos enfoques

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Roda de Conversa: Sexualidade e Infância

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Em uma das poucas noites chuvosas do mês de setembro,  participei da Roda de Conversa do Dom Bosco São Mário - Piracicaba , discutindo o tema Sexualidade e Infância, com famílias interessadas nesta questão. As perguntas das crianças, as brincadeiras sexuais, o papel da mídia e dos pais na educação dos filhos foram os principais temas abordados. Mais informações: http://recriandovinculos.blogspot.com.br/2014/03/sexualidade-infantil-orientacao.html

Infância, Mídia e Erotização

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Um dos assuntos mais discutidos nestes últimos dias foi a recente publicação da Revista Vogue Kids, exibindo meninas erotizadas em um ensaio fotográfico denominado Sombra e Água Fresca. O Ministério Público já determinou, inclusive, que esta edição da revista seja retirada de circulação. As fotos escandalizaram uma parte da sociedade, que está se manifestando pelas redes sociais e também judicialmente. Creio que este seja um momento interessante, portanto, para discutir esta questão complexa. Fiquei me perguntando, ao ler diversos artigos sobre o tema, porque estas fotos estão causando tanto furor, já que imagens desse tipo, expondo crianças eroticamente ao olhar adulto, circulam o tempo todo na mídia. Alguém discorda? O roteiro de vida das nossas crianças está organizado em função do mundo adulto, por isso a infância é uma etapa de desenvolvimento em vias de extinção. No campo da sexualidade, não é diferente, principalmente em relação às meninas. Co

7 de Setembro

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Foto publicada pela Fundação Abrinq:  http://www.fundabrinq.org.br/ "Construímos um Brasil melhor a cada dia com nosso compromisso com a infância e adolescência. Juntos, podemos mudar o país!"

Sexualidade e adolescência na era virtual: desafios para a educação

São muitas as situações desafiadoras para os educadores, envolvendo a sexualidade dos adolescentes. Em função das múltiplas tecnologias que surgem diariamente, principalmente dos aplicativos móveis, “brincar de sexo” através da rede virtual está se tornando algo comum e frequente. Se em décadas passadas éramos capazes de controlar o acesso dos nossos filhos ao computador e ao celular, hoje já não somos. Sabemos que não é possível impedi-los de usar a tecnologia, por isso ficamos aflitos e muitas vezes impotentes diante deles. Vamos inclusive percebendo que muito do que aprendemos sobre educação, valores e relacionamentos sexuais está em “desuso”, ou seja, não serve mais, não se adequa à geração net. Pornografia virtual acessível a crianças, prática de sexo pela rede, vídeos e fotos de corpos nus compartilhados entre os colegas, provocando até suicídio em alguns casos, devido ao ciberbullying, são algumas das cenas com as quais todos nós adultos, em casa e na escola, temos nos

Dia do(a) Psicólogo(a)

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Neste dia 27 de agosto, conheça a cartilha Medicalizar Não é a Solução,  publicada pelo Conselho Regional de Psicologia. "Ela mostra o quão importante é conhecer as subjetividades e o meio em que as pessoas estão inseridas. Antes mesmo de qualquer diagnóstico." Acesse: http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cartilhas/medicalizacao/fr_indice.aspx

Dialogando com a juventude: literatura e psicodrama

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Quase sempre me surpreendo com a capacidade e a criatividade dos adolescentes. Numa manhã fria deste agosto/2014, participei de um feliz Encontro de Literatura, realizado em uma escola pública, com alunos do ensino fundamental II e ensino médio. O objetivo do evento, idealizado pelos competentes educadores da escola, foi estimular a descoberta do prazer da leitura. Feira e troca de livros, bate papo com escritores e oficinas de literatura entraram na programação. Um dia diferente para todos, com arte e imaginação. Seria possível despertar nos estudantes alguma paixão por Fernando Pessoa? Esse era o meu desejo e a minha proposta. Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, escreveu: “Tenho as vezes o tédio de ser eu com esta forma de hoje e estas maneiras... Gasto inúteis horas inteiras a descobrir quem sou, e nunca deu resultado a pesquisa.” Não poderia estar ele se pronunciando aos adolescentes? Claro que sim! E por que não?! Através do Psicodrama, uma teoria e um méto

Quantos "eus" nos habitam?

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Quantos "eus" nos habitam? Ninguém melhor do que Fernando Pessoa para nos falar sobre isso! Um poeta que criou tantos heterônimos: 127! Dos quais 3 ou 4 são os mais conhecidos: Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro e o polêmico Bernardo Soares, que nem sempre é considerado heterônimo. Cada um deles teve vida própria, personalidade distinta, data de nascimento e morte, vivendo na imaginação de Fernando Pessoa e podendo viver na de seus leitores também, até hoje. Com este grande poeta português, tão apaixonante, compreendemos que muitos personagens, muitos desejos e muitas vidas fazem parte de nós e de nossas relações. Nem por isso nos tornamos esquizofrênicos! É possível expressar nossos diversos "eus" através da arte, em qualquer linguagem: música, poesia, literatura, teatro, dança. Desta forma, nos sentimos mais vivos, mais criativos e espontâneos. E para quem quiser conhecer de perto Fernando Pessoa, além de ler suas poesias, fica o

Aprender com a dor: por que não?

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Atualmente temos compartilhado uma visão de mundo na qual a euforia tornou-se um estado emocional cultuado e dignificado, considerado como um conceito ou um critério que define a felicidade. Estar feliz é estar eufórico, combater a tristeza e a melancolia a todo custo, como se fosse possível vivermos nesse universo delirantemente cor de rosa, sem dores, sem perdas, fracassos e sofrimentos por vezes terríveis. Aprendemos, e muito bem, a negar tudo o que possa nos fazer sofrer, desde uma simples angústia que não conseguimos nomear até um insuportável luto pela morte de alguém que amamos muito. Somos, dessa maneira, levados a viver uma espécie de "anestesia geral" dos nossos próprios sentimentos, especialmente frente à dor do outro e à nossa. Vamos nos transformando em seres indiferentes, conosco e com as pessoas ao redor, quase não distinguindo mais as diversas possibilidades que temos para sentir a vida: ora amiga e acolhedora, quem sabe feliz, ora triste e lamentável

Lei Menino Bernardo

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Já está em vigor a lei que proíbe castigos físicos na educação de nossas crianças e adolescentes, denominada Lei Menino Bernardo.  "A lei determina que crianças e adolescentes sejam educados sem o uso de castigos físicos ou tratamento cruel ou degradante (que humilha, ameaça gravemente ou ridiculariza), como formas de correção, disciplina ou educação." Conselho Regional de Psicologia. Após grande polêmica, a Lei número 13.010 foi aprovada e sancionada pela presidenta, alterando inclusive um artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Diversos profissionais e instituições de direitos humanos comemoraram a decisão, considerando-a um grande avanço.  Simultaneamente a esta nova legislação, mais civilizada, é preciso criar condições para o desenvolvimento de uma outra cultura, que não a cultura da violência na qual estamos inseridos. Isto sim é um enorme desafio em um mundo que escolhe frequentemente resolver conflitos através de armas e guerras!

Indicações de leitura sobre Adolescência

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Para pais e educadores, alguns livros interessantes, dentre muitos outros! - Adolescentes na Era Digital - Lidia Aratangy - Ed. Benvirá. - Doces Venenos: Conversas e Desconversas sobre Drogas - Lidia Aratangy - Ed. Olho d água. - O que é Adolescência - Daniel Becker - Primeiros passo - Ed. Brasiliense. - E aí? Cartas aos adolescentes e a seus pais - Rubem Alves - Ed. Papirus. - Comportamento Sexual em Debate - Org. Marcia Kupstas - Ed. Moderna. - Conversando sobre Sexo - Marta Suplicy - Ed. Vozes. - Conversando com seu filho adolescente sobre sexo - Marcos Ribeiro - Ed. Planeta.
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O amor não precisa ser heterossexual

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Após tantos séculos de opressão sexual, é possível que estejamos começando a compreender que a homossexualidade não é depravação nem doença, é simplesmente amor por alguém do mesmo sexo. Nesse sentido, o filme nacional Praia do Futuro, de Karim Aïnous, lançado recentemente e polemizado por setores conservadores da sociedade, pode efetivamente contribuir para que as pessoas encarem essa questão de maneira mais tranquila e saudável. Praia do Futuro é um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos, abordando vários temas, dentre eles o afeto e a sexualidade entre dois jovens rapazes de nacionalidades diferentes, Brasil e Alemanha. O filme provavelmente não encanta os espectadores acomodados a uma linguagem comercial de cinema, pois todo o seu movimento é lírico, poético, silencioso. A interpretação dos atores principais impressiona pela qualidade afetiva expressa em cada gesto e cada olhar, a compor frases que não são ditas por palavras, mas comunicadas nesse intenso silên

Adolescência: pais e filhos

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Ao contrário do que imaginamos, a adolescência não é um momento tão agradável como estamos habituados a idealizar. Ser adolescente significa estar em permanente conflito com o mundo e consigo mesmo, experimentando sentimentos de vazio, tristeza, inadequação social e raiva.  Em geral, os adolescentes se sentem incompreendidos pelos pais e professores, frequentemente com razão. Os adultos dificilmente se dispõem a olhar o mundo com os olhos destas “criaturas errantes”, que um dia também já foram. Este exercício de trocar de papel poderia contribuir para que as relações fossem mais tranquilas e menos dolorosas, porém, não é o que ocorre. N a lida diária com famílias, percebemos o quanto é complicado conviver com as expectativas que cada um tem em relação ao outro. Espera-se dos filhos adolescentes, por exemplo, que se mantenham próximos dos adultos, que continuem a ter os mesmos comportamentos que tinham na infância. Para crescer, no entanto, os filhos se afastam de nós, formam g

Sonhos Roubados: ficção, realidade e poesia

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Para participar da discussão sobre a violência sexual infantil neste dia 18 de maio, data que marca a Campanha Nacional de Combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, o Conselho Regional de Psicologia de SP exibiu, em Piracicaba, o filme Sonhos Roubados, de Sandra Werneck (2009). Baseado no livro As Meninas da Esquina – Diários dos Sonhos, Dores e Aventuras de Seis Adolescentes do Brasil, da jornalista Eliane Trindade, o filme nos aproxima da realidade vivida por famílias e jovens que moram na periferia das grandes cidades. Através de uma linguagem delicada e poética, a diretora nos propõe acompanhar especialmente o drama de três amigas adolescentes, que começam a se prostituir. Descobrindo a própria sexualidade, numa sociedade que valoriza excessivamente o corpo, elas encontram um caminho de sobrevivência e “apoderamento” na prostituição, com muito preconceito e sofrimento. Não há espaço, porém, para severos julgamentos moralistas neste belíssimo filme, poi

Dia das Mães com o Filme Pais e Filhos

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Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2013, o filme japonês Pais e Filhos, de Hirokazu Kore-Eda, delicadamente nos propõe acompanhar o drama de duas famílias que têm seus filhos trocados na maternidade. Quando as crianças estão com aproximadamente seis anos é que os pais são comunicados deste erro que, a princípio, anuncia-se como uma tragédia. Será? O filme pode ser considerado um testemunho sobre o quanto a maternidade e a paternidade são construções relacionais, independente da consanguinidade. Se nosso sangue corresponde ou não ao sangue de nossos pais biológicos, assim como nossa genética, isso nada tem a ver com maternidade e paternidade. Pai e mãe definitivamente são aqueles que se responsabilizam pelos cuidados de uma criança, seja esta filho biológico, adotado, parente próximo ou distante. Obviamente, o que importa na relação pais e filhos é a articulação dos papéis: os pais têm a função primordial de prover cuidados para seus filhos, tanto afetivos quant

Congresso Brasileiro de Psicodrama

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Sempre uma oportunidade para reencontrar os amigos,  conhecer novos trabalhos e participar da produção científica na área da Psicologia/Psicodrama.  Como afirmou Guilherme Gutman em sua resenha sobre o livro O que é Loucura, de Darian Leader, na Revista Ciência Hoje (abril 2014), "todos os que transitam pela psiquiatria, pela psicologia ou pela psicanálise sabem que uma trajetória de formação é sempre bastante longa - de certo modo, interminável."  Acrescentemos o Psicodrama. Mais informações:  http://www.cbpfebrap.com.br/ Sobre Psicodrama: http://www.febrap.org.br/

Memória, subjetividade e história

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Para compreender nossa própria humanidade, nossa forma de viver, nossos relacionamentos, valores e sentimentos, precisamos aprender a refletir sobre nossa memória individual e coletiva. No momento, este é um dos temas mais discutidos aqui no Brasil, em função dos 50 anos do golpe civil militar. Algumas pessoas têm dificuldade para entender qual a importância do resgate da memória histórica de um povo. Do mesmo modo, é comum ouvirmos familiares, amigos e clientes dizerem que “é melhor esquecer o que passou de ruim”, como se isso fosse realmente possível. Em geral, muitos acham que vão sofrer menos se esquecerem as dores do passado, sem avaliar os impactos, por vezes danosos, que tais sofrimentos causaram. Não estou afirmando que seja interessante passar a vida toda lamentando os dramas inevitáveis, mas também não parece saudável tentar negá-los. A memória da nossa própria história e do nosso povo, tanto individual quanto coletiva, pode ser redentora, levando-se em conta que n

A arte do cinema fazendo história: olhares possíveis

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Nesta importante semana sobre memória e história no Brasil, alguns filmes belíssimos podem ser lembrados e revistos. Em especial, Infância Clandestina, Machuca e O Ano em que meus Pais saíram de Férias apresentam o olhar das crianças em situações limites, como as ditaduras da América Latina. Esses filmes são narrados a partir deste olhar, que coloca nossos filhos menores como protagonistas da história. A lista abaixo contempla também outras obras muito interessantes. MACHUCA (2004 – Andrés Wood / Chile ) INFÂNCIA CLANDESTINA ( 2011 - Benjamín Ávila – Argentina ) O  ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS (2006 – Cao Hamburger / Brasil) CARA OU COROA (2012 – Ugo Giorgetti / Brasil ) O QUE É ISSO COMPANHEIRO? (1997 - Bruno Barreto / Brasil ) CABRA CEGA (2005 - Toni Ventura / Brasil ) PRA FRENTE BRASIL (1982 – Roberto Farias / Brasil ) NO (  2012 – Pablo Larrain / Chile ) HOJE (2012 -Tata Amaral / Brasil ) O DIA QUE DUROU 21 ANOS (2013 - Camilo Tavares / Brasil - documen

Pelo resgate da memória e da história

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http://www.cnv.gov.br/ Nunca se falou tanto sobre o golpe civil militar de 1964. Portanto, estamos vivendo um momento ímpar, no qual o resgate da nossa própria história e memória é de extrema importância. Somos sujeitos históricos, nossa subjetividade é construída socialmente.  Nas palavras de Pilar Calveiro, sobrevivente da ditadura argentina e autora do livro Poder e Desaparecimento - os campos de concentração na Argentina (Boitempo Editorial): "As sociedades têm uma enorme capacidade de memória que está aflorando de diferentes maneiras. É uma memória das dores e das violências vividas, mas também é das resistências e dos medos. Se lhe damos um lugar, essa memória traz consigo um aprendizado político muito grande. É uma bobagem ter medo dela, porque o que foi vivido, na medida em que se transmite e se converte em experiência, dá a possibilidade de elaborá-lo coletivamente para construir outra coisa. Nossas democracias necessitam das práticas de memória."

Sexualidade Infantil: indicações para leitura

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Em função da palestra realizada para pais e professores da Escola COOPEP Piracicaba, em março, apresento uma pequena bibliografia sobre sexualidade infantil, que pode contribuir com todos aqueles que se interessam pelo assunto.   Guia de Orientação Sexual – Diretrizes e metodologias. Vários autores. Ed. Casa do Psicólogo.  As Crianças Querem Saber, e Agora? Moacir Costa, Maria das Graças F. Augusto e Sandra M. Paladino. Ed. Casa do Psicólogo. Papai, Mamãe e Eu. Marta Suplicy. Ed. FTD. Infância & Educação: era uma vez... quer que conte outra vez? S. M. Corazza. Ed. Vozes. O Planeta Eu – Conversando Sobre Sexo. Liliana Iacocca. Ed. Ática. Mamãe, como eu nasci? Marcos Ribeiro. Ed. Moderna.   De Onde Vêm os Bebês? Andrew Andry. Ed. José Olympio. http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105  Geração Digital: Riscos das Novas Tecnologias para Crianças.  Eisenstein e Estefenon. www.kaplan.org.br Boa leitura!

Sexualidade Infantil - Orientação

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Essas são considerações que objetivam responder algumas dúvidas de pais e educadores. AS PERGUNTAS DAS CRIANÇAS   ·   A curiosidade sexual infantil é absolutamente natural e faz parte do interesse da criança por seu próprio corpo e pelas coisas do mundo: uma criança saudável pergunta sobre tudo, pode achar graça em qualquer coisa e em geral gosta muito de aprender.   ·   Com 3 ou 4 anos as crianças começam a ficar curiosas sobre o próprio corpo: percebem as diferenças entre os sexos e fazem perguntas que podem nos deixar constrangidos.    ·    Ao responder as perguntas das crianças sobre sexualidade estamos lhes oferecendo segurança e carinho, diminuindo assim a angústia que sentem com aquilo que ainda não conhecem e não compreendem.   ·   Não é preciso fazer discursos para orientar adequadamente uma criança: o que importa na educação sexual é o acolhimento, a afetividade, o modelo dos pais, o carinho que têm entre si, a forma como se falam e se comunicam.