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Mostrando postagens de 2015

2016: alvorecer

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O inominável 2015 já se despede desses habitantes terrestres sem rumo,  que somos nós. Que nessa despedida 2015 possa levar consigo todas as tragédias da qual foi palco,  todos os horrores dos quais foi testemunha,  todos os sofrimentos da existência humana absurda que teimamos em perpetuar. 

Os estudantes que precisamos ser

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As imagens são chocantes. Pra que tanta violência, homens de farda? Pra cumprir leis que sabotam direitos adquiridos? Meninas e meninos do século XXI  - aquele que esperávamos pacífico - Eis que se insurgem contra o autoritarismo! Nas ruas, nas praças, nas escolas Olhos, mãos e cérebros pensantes Para além da imaginação colonizada. Que alegria neste momento estar viva  E testemunhar tamanha criação! Novos afetos e novas ações  - aquelas que nós, covardes ou velhos que somos,  já não inventamos mais. 

Despedida

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  Para alguém que hoje se foi, alguém tão importante neste mundo estranho. Um dos mais criativos psicodramatistas do Brasil e da América Latina, Moysés Aguiar. Nossa despedida com lágrimas e poesia! Hilda Hilst, Da Morte, Odes Mínimas: Não me procures ali Onde os vivos visitam Os chamados mortos. Procura-me dentro das grandes águas Nas praças Num fogo coração Entre cavalos,cães, Nos arrozais, no arroio Ou junto aos pássaros Ou espelhada Num outro alguém, Subindo um duro caminho. Pedra, semente, sal Passos da vida. Procura-me ali. Viva.

O papel da psicoterapia

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Francis Bacon: 1909 - 1992 Auto retrato Muitas são as formas de conceber o papel da psicoterapia na vida de uma pessoa, um casal ou uma família, sendo que o sofrimento é a questão principal na condução tanto daquele que busca ajuda quanto do próprio terapeuta. Em geral as pessoas procuram psicoterapia na perspectiva de obter um alívio imediato para a dor, o que só é possível através de medicamentos, dependendo do quadro clínico. Numa sociedade pragmática e imediatista como a nossa, não poderíamos esperar outra coisa: um tratamento psicológico deveria “curar” rapidamente o sujeito que sofre. Ah, quem me dera ter esse poder! Apesar da mídia divulgar cotidianamente feitos maravilhosos no campo da saúde mental, não é esta a realidade que vivemos. Infelizmente as frases de autoajuda, tão em voga no momento, não têm a capacidade de produzir um ser humano feliz (“pense positivamente todos os dias que seus problemas serão resolvidos”, “ame-s

Por uma nova ética

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Encantamento não é uma palavra tão usual nos dias de hoje. Talvez o que mais temos ouvido ultimamente sejam palavras e frases que expressam o sentido contrário: desânimo, medo, intolerância, ódio. Vivemos tempos muito difíceis, não tenho dúvida, mas isso não significa que não possamos criar novas maneiras de agir, de pensar e de nos relacionar uns com os outros. Um dos mais recentes livros da filósofa americana Judith Butler (reconhecida internacionalmente pela formulação da Teoria Queer), que esteve no Brasil em setembro, aponta para esta direção e por isso é uma obra de arte rara, a meu ver, encantando profundamente as pessoas mais reflexivas, que estão discutindo o Homem na contemporaneidade. Relatar a si mesmo – Crítica da violência ética é um livro absolutamente necessário, nesse momento em que o Outro, enquanto pessoa dotada de humanidade tanto quanto o Eu, não tem mais existência. As relações que experimentamos no nosso cotidiano carecem de reconhecimento: não vejo

O fim da experiência? Ou a criação?

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Muitos são os autores e filósofos que discutem ou especulam sobre o “fim da experiência”. Walter Benjamin (século XX) foi um destes investigadores do homem na modernidade, discorrendo sobre a importância das narrativas que nos constituem. Conforme desaparecem os narradores, que são os contadores das pequenas histórias, pessoais e coletivas, familiares e sociais, desaparece também a nossa própria história e, com isso, a possibilidade da experiência. Quando nos esquecemos do passado, demarcados pelo cotidiano massacrante e caótico em que vivemos, também abortamos nossos laços históricos e nossa memória, tanto individual quanto grupal. Dessa maneira, mesmo sem perceber, as possibilidades de atribuir sentidos para nossas vidas diminuem significativamente. Eric Hobsbawm, no livro a Era dos Extremos – O breve século XX, escreveu: “A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais carac

Zygmunt Bauman no Brasil

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Em setembro, o importante pensador contemporâneo Zygmunt Bauman, autor do conceito de "sociedade líquida", esteve no Brasil. Nesta entrevista, embora simplificada demais, ele apresenta sua visão sobre educação, escola, internet e tecnologia. Vale a pena conhecê-lo, principalmente através da leitura de seus livros: Medo Líquido, Vida Líquida, Modernidade Líquida, apenas para citar alguns.

Suicídio: sintoma da sociedade?

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"Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio", escreveu Albert Camus em sua obra O Mito de Sísifo. Camus, grande escritor existencialista francês do século XX, abordou o paradoxo da relação vida e morte em todos os seus livros, tais como: A Peste, O Estrangeiro, O Homem Revoltado, A Morte Feliz. Assim como outros autores e filósofos, Camus compreendia a vida humana no plano do absurdo, ou seja, não há um sentido para a vida a não ser aquele que possa ser construído pelo próprio homem; não há Deus nem destino, pelo contrário, há acasos e absurdos. Enfrentar essa condição inexorável de ser e estar no mundo, com a angústia e a lucidez que dela fazem parte, é o que nos possibilitaria viver com mais intensidade, segundo os existencialistas. Portanto, é para afirmar a vida em sua plenitude, não para destruí-la, que a consciência do absurdo da existência se faz necessária. O suicídio, nesta visão, não seria uma saída.  Os dados acerca do número de suic

Seminário Internacional sobre Medicalização

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Entre 1 e 4 de setembro, em Salvador BA, ocorrerá o IV Seminário Internacional sobre Educação Medicalizada. Frente à epidemia de ritalina que assola nosso país ( bem como os EUA ), grupos de profissionais da área de saúde e educação vêm se organizando, cada vez mais, para questionar, discutir, informar e resistir à era da medicalização. Diariamente, na prática de atendimento à crianças e adolescentes, acompanhamos situações abusivas no que diz respeito à medicalização. Para ensinar um aluno que tem dificuldade de ler, para acalmar um filho muito agitado, para calar a voz de alguém mais frágil e conter o sintoma incômodo aos olhos dos adultos, usam-se remédios sem critério. Desta forma, impõe-se um rótulo qualquer, garante-se os lucros da indústria farmacêutica e impede-se a reflexão por parte das instituições responsáveis pelos cuidados da infância e adolescência. As pessoas têm modos de aprender diferentes, têm maneiras de ser distintas, têm olhares pa

A palavra que falta

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Quando faltam as palavras para nomear a dor Quando faltam as palavras para soletrar o absurdo. Quando as palavras se ausentam da escuridão no anoitecer Quando as palavras se ausentam dos nossos tristes pensamentos. Quando as palavras perdem seus sentidos Quando as palavras tornam-se um engodo. As palavras se foram As palavras nos desabitaram. Sem elas o que somos nós? Órfãos da história, clichês de pseudo intelectuais a manipular mentes e corações. Recuperemos a palavra mãe que nos nomeia: o OUTRO. Sem o OUTRO não podemos existir Sem o OUTRO não há palavra alguma. Porque é o OUTRO que nos ensina a palavra É com ele que aprendemos a pronunciar o EU. Renunciemos ao esvaziamento e à simplificação cruel das palavras E proclamemos a alteridade: EU – OUTRO. Para que haja alguma redenção humana Para que haja algum sobrevivente. Museu da Língua Portuguesa - SP

Poesia: resistência ao ódio

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Para enfrentar tamanho cenário de ódio e intolerância, a nos deixar perplexos e por vezes impotentes, criemos novas palavras, novos poemas e novas pessoas. Obra de arte Mulher Chorando Picasso - 1937 Meu poema sobre o ódio: Esse ódio pronunciado por bocas desalmadas a habitar tão temidas estações. Esse ódio incontido de palavras gestos atos desumanos que nem Deus saberia existir. Esse ódio des-razão adjetivando seres pobres que se pensam grandiosos. Esse ódio triste palidez anunciando dolorosas e insanas tempestades. A ele resistir, a ele subjugar! Não há que ancorar em nossos corações!

Terapia de casal

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É frequente que algumas pessoas solicitem ajuda para o relacionamento amoroso, sendo a terapia de casal uma alternativa. Recentemente, estudantes de psicologia me perguntaram no que exatamente consiste esse modelo de atendimento psicoterápico. Imediatamente lembrei-me do Soneto de Fidelidade, escrito por Vinícius de Moraes, cujo trecho mais famoso (sobre o amor) é: “ que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” Pois bem, embora os casais que procuram ajuda queiram continuar juntos, não é possível garantir o sucesso dessa expectativa. Muitas vezes, o desgaste excessivo de um relacionamento gera tanto sofrimento familiar que a separação é benvinda. Outras vezes não, a questão é mais simples, solicitando apenas novos ajustes e negociações. Há ainda os casais que se separam mas continuam brigando e se ofendendo. Em qualquer uma destas situações, o papel do terapeuta implica numa mediação entre as pessoas envolvidas, buscando instaurar o diál

Não à homofobia!

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Andrew Solomon, em seu livro Longe da Árvore - Pais, Filhos e a Busca da Identidade, conta, no primeiro capítulo, sua própria história de sofrimento ao perceber-se gay, condição inaceitável para sua família e para sua escola. Atualmente, já adulto, Solomon afirma sentir-se bem consigo mesmo. "Mesmo que eu lide adequadamente com minha dívida privada de melancolia, há um mundo exterior de homofobia e preconceito a consertar. Espero que algum dia essa identidade possa transformar-se em um fato simples, livre tanto de partidarismo como de culpa, mas isso está longe." E por estar tão longe é que neste dia dos namorados, 12 de junho, convido todos os leitores a questionarem os preconceitos de gênero e sexualidade, difundidos amplamente por alguns setores da sociedade. O vídeo da ONU, acima, merece nosso respeito. "Manter a homossexualidade trancada dentro de mim quase me destruiu,  e revelá-la quase me salvou."

O Sal da Terra: arte e redenção

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Assistir ao filme documentário O Sal da Terra (2014), dirigido por Win Wenders e Juliano Salgado, é uma daquelas experiências inesquecíveis para a sensibilidade humana. Dizer que o filme tem uma belíssima fotografia e aborda a trajetória do artista brasileiro Sebastião Salgado é muito pouco. Trata-se de um filme sobre todos nós, enquanto seres humanos capazes de destruição e redenção ao mesmo tempo. Se alguém ainda tem dúvidas a respeito do que alguns estudiosos têm chamado de "campos de concentração a céu aberto", pós segunda guerra mundial, basta acompanhar Sebastião Salgado pela Etiópia, na década de 80, ou pelas minas de petróleo na guerra entre Iraque e Kuwait. Embora pareça ficção, as imagens são flashes da realidade que o fotógrafo de fato viveu. Poderíamos acrescentar muitas outras imagens do século XXI, que configuram a crueldade humana. Mas não me animo nessa empreitada, posto o cansaço e a saturação desse espetáculo de horror que vemos todos os dias pela

Abraço e Poesia

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22 de Maio, dia do abraço! Um abraço que possibilita:

Semana Mundial do Brincar

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Acompanhe a programação da Semana Mundial do Brincar 2015, de 24 a 30 de Maio.  Um movimento pela vida e pelo ser humano. http://www.aliancapelainfancia.org.br/ Durante a Semana, será lançado o filme documentário Território do Brincar,  em parceria com o Instituto Alana -  http://alana.org.br/ O filme apresenta a diversidade do brincar em todo o Brasil, de norte a sul, estimulando o resgate desta potencialidade tão esquecida nos tempos modernos. Mais informações:  http://territoriodobrincar.com.br/

Dia das Mães com poesia!

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No dia das mães, uma homenagem aos filhos,  pois é com eles que aprendemos a ser mães! Um trecho do poema Estrelas, de Maiakóvski.

Depressão: uma experiência de vida compartilhada

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Andrew Solomon é autor de dois livros muito interessantes e reconhecidos: O Demônio do Meio Dia - Uma Anatomia da Depressão e Longe da Árvore - Pais, Filhos e a Busca da Identidade. Nesta palestra ele explora sua experiência com a depressão, descrita pormenorizadamente no primeiro livro mencionado.  Além da palestra, fica a indicação de leitura deste livro fantástico e completo, escrito em uma linguagem acessível para todos os públicos: O Demônio do Meio Dia, Companhia das Letras.

Adolescência e Criminalidade: espelho da sociedade

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O Conselho Federal de Psicologia e os Conselhos Regionais, órgãos de representação de classe dos psicólogos, bem como diversas entidades e associações de defesa dos direitos das crianças e adolescentes, tais como Unicef, Fundação Abrinq, Aliança pela Infância, Anistia Internacional, CNBB, ANDI, Rede Não Bata Eduque, Instituto Alana e OAB Nacional, manifestaram-se publicamente contra a redução da maioridade penal e a favor do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, iniciando diversas campanhas de esclarecimento e debates com a sociedade. Do ponto de vista da psicologia, esta é uma discussão que precisa ser realizada pela perspectiva da educação. Em primeiro lugar compreende-se que nós, seres humanos, somos constituídos nas relações que criamos e reproduzimos em um dado tempo histórico. Nossa subjetividade, nossas ações e valores fazem parte da sociedade em que vivemos. Então se temos um determinado número de adolescentes que cometem crimes, em todas as classes sociais - impo

Criança - Prioridade Absoluta

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Criança - Prioridade Absoluta - Instituto Alana Emoção e Conhecimento em 6 minutos, a nos lembrar que as crianças são seres humanos com direitos.

Existe Vida além do Câncer

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Uma doença tão terrível como o câncer merece nossa consideração. Por isso, registro o poema desta poetisa amiga, que compartilha sua própria experiência. A ela dedico todo carinho, bem como às outras pessoas que vivem a mesma dor.  Ao meu pai, que já morreu após tanta luta. Por Ana Marly de Oliveira Jacobino Celebração da Ressurreição de Cristo veio com um profundo refletir sobre este companheiro do mal que carrego há mais de 30 anos junto ao meu corpo. O Câncer é uma doença silenciosa! O trauma provocado pela doença na vida avoluma com o tempo, se não quisermos reverter essa situação! Alegria, fé, garra devem ser companheiras de quem pretende continuar vivendo, assim, o faço, depois de descobrir um câncer no meu corpo. A experiência vivificadora de completar o tratamento traumático da quimioterapia no pico mais alto de uma montanha russa espacial na Disney Word pode ajudar você, como me ajudou! Assustador mergulhar na escuridão ouvindo os gritos

A humanidade dos Satyros: sobre o “outro diferente”

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Quantos de nós já parou para pensar em como vivem os moradores de rua, como sobrevivem as prostitutas e os travestis, as crianças nos faróis da cidade, os chamados “doentes mentais” e todos os não autorizados à cidadania, que se encontram “à margem” daquilo que se convencionou chamar civilização moderna? Será que alguns de nós sequer consegue perceber que “estas pessoas”, visíveis apenas quando nos incomodam com sua aparência, seus pedidos ou mesmo roubos, são seres humanos? Aprendemos a olhá-las como não humanos, o que contradiz absolutamente a concepção de vivermos em uma suposta civilização igualitária, solidária e evoluída. A evolução da qual participamos no mundo todo é a da tecnologia, não das relações humanas. Podemos argumentar, inclusive, que há muitos grupos considerados “não humanos” nesse nosso planeta, ou seja, pessoas que podem ou devem morrer, seres que “atrapalham” o sistema capitalista e que, portanto, não têm o mesmo direito à vida que nós, mais abastado

Psicologia e Redução da Maioridade Penal

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Por que será que todas as entidades de psicologia e organizações de direitos das crianças e adolescentes são absolutamente contra a redução da maioridade penal?  O Conselho Federal de Psicologia reiterou seu posicionamento contrário à medida e reafirmou que "sua aprovação não reduzirá a violência nem suas causas, mas desviará a atenção do problema real - que depende da adoção de políticas sociais efetivas." Conheça agora as 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal:  1. A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa. O desafio da sociedade é educar seus jovens, permitindo um desenvolvimento adequado tanto do ponto de vista emocional e social quanto físico; 2. É urgente garantir o tempo social de infância e juventude, com escola de qualidade, visando condições aos jovens para o exercício e vivência de cidadania, que permitirão

Dia da Poesia

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Quantos poetas poderíamos hoje citar, em comemoração ao Dia da Poesia! Poetas que partiram, poetas que estão vivos, poetas romancistas, poetas até fascistas. Poetas das luzes, poetas das trevas, poetas enfim que habitam cada um de nós. Poetas amigos, inimigos, amados ou odiados. Poetas que conhecemos pessoalmente e poetas que nunca veremos. Quão carentes de poesia estamos hoje, Jamais estivemos tão distantes da imaginação poética! Que nos ouçam lá do céu Manoel de Barros, Fernando Pessoa, Paulo Leminski. Que nos acolham aqui na Terra Valter Hugo Mãe, Adélia Prado, Sérgio Vaz. E que recebam meu abraço os poetas e amigos piracicabanos: Ana Marly Jacobino, Carmem Pilotto, Carmelina, Ivana Negri, Carla Ceres, Ana Lúcia Paterniani. A todos os outros poetas, muita gratidão!

Observatório Cidadão de Piracicaba

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Em tempos de incitação midiática ao ódio e de posicionamentos acirrados sobre política, esquecemos de avaliar com clareza as alternativas constantemente criadas por pessoas que resolveram se agrupar e promover a cidadania. Conheça o Observatório Cidadão de Piracicaba, que trabalha pela participação e pelo controle social. Uma iniciativa que vale a pena! http://www.observatoriopiracicaba.org.br/