Seminário Internacional sobre Medicalização

Entre 1 e 4 de setembro, em Salvador BA, ocorrerá o IV Seminário Internacional sobre Educação Medicalizada. Frente à epidemia de ritalina que assola nosso país ( bem como os EUA ), grupos de profissionais da área de saúde e educação vêm se organizando, cada vez mais, para questionar, discutir, informar e resistir à era da medicalização.
Diariamente, na prática de atendimento à crianças e adolescentes, acompanhamos situações abusivas no que diz respeito à medicalização. Para ensinar um aluno que tem dificuldade de ler, para acalmar um filho muito agitado, para calar a voz de alguém mais frágil e conter o sintoma incômodo aos olhos dos adultos, usam-se remédios sem critério. Desta forma, impõe-se um rótulo qualquer, garante-se os lucros da indústria farmacêutica e impede-se a reflexão por parte das instituições responsáveis pelos cuidados da infância e adolescência.
As pessoas têm modos de aprender diferentes, têm maneiras de ser distintas, têm olhares para o mundo que não cabem no mundo! As crianças têm ritmos peculiares de funcionamento cognitivo, os adolescentes têm múltiplas experiências com a sexualidade. Para que serve a tentativa de enquadrar os seres humanos em normas excessivas de comportamento e desenvolvimento? Por que não é possível valorizar as potencialidades e as diferenças, mesmo que estejam em desacordo com o esperado?
A pergunta merece nossa atenção e investigação, caso contrário é preciso assumir que estamos criando uma geração de adictos desde o início da vida. Sem dúvida alguma, as consequências virão.
Mais informações e textos sobre o seminário e o tema da medicalização:
http://medicalizacao.org.br/iv-seminario-internacional-a-educacao-medicalizada-desver-o-mundo-perturbar-os-sentidos/
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