Dia das Mães com o Filme Pais e Filhos
Vencedor do Prêmio do Júri no
Festival de Cannes 2013, o filme japonês Pais e Filhos, de Hirokazu Kore-Eda, delicadamente
nos propõe acompanhar o drama de duas famílias que têm seus filhos trocados na
maternidade. Quando as crianças estão com aproximadamente seis anos é que os
pais são comunicados deste erro que, a princípio, anuncia-se como uma tragédia.
Será?
O filme pode ser considerado um
testemunho sobre o quanto a maternidade e a paternidade são construções relacionais, independente da consanguinidade. Se nosso sangue corresponde ou não ao sangue de nossos pais
biológicos, assim como nossa genética, isso nada tem a ver com maternidade e
paternidade. Pai e mãe definitivamente são aqueles que se responsabilizam pelos
cuidados de uma criança, seja esta filho biológico, adotado, parente próximo ou
distante.
Obviamente, o que importa na
relação pais e filhos é a articulação dos papéis: os pais têm a função
primordial de prover cuidados para seus filhos, tanto afetivos quanto sócio
educacionais. Os filhos, por sua vez, recebem e aprendem com a dedicação ou a
rejeição de seus pais. No filme, essa reciprocidade já está estabelecida entre
pais e filhos adotados, sem que ambos saibam, no entanto, que biologicamente não
são pais e filhos.
Os filhos identificam seus pais
adotivos como “pais verdadeiros” e não querem se separar deles. Os pais, por
outro lado, a princípio requerem seus direitos biológicos, clamando pela
consanguinidade. A história toda constitui uma belíssima narrativa que vale
pelo prazer da emoção, da reflexão e da aprendizagem sobre os relacionamentos
parentais. Fica a dica para o Dia das Mães!
Muito interessante, vou assistir!! Reflexão profunda a se fazer...
ResponderExcluirPois é Andrea, mas um filme que desperta o nosso interesse. Obrigada pela sugestão. Ana Marly
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