A escolha da escola: falso dilema?
Recentemente fui convidada para discutir, em um programa de rádio, uma questão que pode ser angustiante para os pais: a escolha da escola dos filhos.
Para fazer esta escolha adequadamente, é necessário considerar, entre outras coisas, os valores familiares, as expectativas da sociedade e a condição financeira dos pais. Vale lembrar, ainda e sempre que, por melhor que seja, a “escola ideal” não existe.
No entanto, ao pesquisar o assunto e sistematizar minha própria experiência de atendimento com crianças e adolescentes, percebi que talvez haja poucas opções diferenciadas no “mercado” da educação formal.
A maior parte das escolas particulares, que atende famílias de classe média e alta, oferece um ensino totalmente voltado para a qualificação e o brilhantismo nos exames vestibulares ( agora também o ENEM ), safistazendo, desta maneira, os anseios de pais excessivamente preocupados com o futuro profissional dos filhos.
No ensino público, por outro lado, os problemas relacionados à aprendizagem crescem diariamente, transformando-o numa “não escolha”, ou seja, estuda-se na escola pública, em geral, quando não se tem outra opção.
Do ponto de vista das necessidades do desenvolvimento da criança, do respeito à sua individualidade como ser integral, não apenas como um intelecto, fico a me perguntar quais seriam as diferenças entre o ensino público e privado, por exemplo. Tenho dificuldade para identificá-las.
Poucas são as escolas e as famílias, parece-me, engajadas na valorização da pessoa da criança, no seu potencial de descoberta, crescimento e aprendizagem das relações humanas. O que importa, para todos os efeitos, é o rendimento e o resultado que a criança apresenta, não a vivência de sua própria infância.
Para fazer esta escolha adequadamente, é necessário considerar, entre outras coisas, os valores familiares, as expectativas da sociedade e a condição financeira dos pais. Vale lembrar, ainda e sempre que, por melhor que seja, a “escola ideal” não existe.
No entanto, ao pesquisar o assunto e sistematizar minha própria experiência de atendimento com crianças e adolescentes, percebi que talvez haja poucas opções diferenciadas no “mercado” da educação formal.
A maior parte das escolas particulares, que atende famílias de classe média e alta, oferece um ensino totalmente voltado para a qualificação e o brilhantismo nos exames vestibulares ( agora também o ENEM ), safistazendo, desta maneira, os anseios de pais excessivamente preocupados com o futuro profissional dos filhos.
No ensino público, por outro lado, os problemas relacionados à aprendizagem crescem diariamente, transformando-o numa “não escolha”, ou seja, estuda-se na escola pública, em geral, quando não se tem outra opção.
Do ponto de vista das necessidades do desenvolvimento da criança, do respeito à sua individualidade como ser integral, não apenas como um intelecto, fico a me perguntar quais seriam as diferenças entre o ensino público e privado, por exemplo. Tenho dificuldade para identificá-las.
Poucas são as escolas e as famílias, parece-me, engajadas na valorização da pessoa da criança, no seu potencial de descoberta, crescimento e aprendizagem das relações humanas. O que importa, para todos os efeitos, é o rendimento e o resultado que a criança apresenta, não a vivência de sua própria infância.
Do direito de ser criança, nenhum respeito. Apenas e tão somente, pequenos adultos aprisionados na competição selvagem desta nossa pobre sociedade...
Cara, senhora tenho que discordar de seu artigo, pois educadora na rede pública a mais de 20 anos considero um desreipeito a senhora dizer que a escola pública é uma não escolha.
ResponderExcluirA escola pública é aberta a todos e procuramos fazer o melhor, temos problemas sim, principalmente de ordem familiar, pois os pais acham que o simples fato de deixar os filhos na porta da escola já fizeram o seu papel.
Os professores da escola em que sou diretora se preocupam e muito com o aluno, tanto com sua aprendizagem, como no que diz respeito a sua formação como pessoa. A escola pública procura preparar para o mundo, nela o aluno não é número, nem lucro é um ser humano. Temos sim muitas dificuldades e elas são em parte causadas por pessoa,s que não conhecendo nosso trabalho não nos dão o devido valor e pelo governo que também não remunera adequadamente o professor.
Juli Anne Bargiela
Diretora da "EE Prof. Augusto Saes"
Pedagoga Pós Graduada pela UNICAMP
Cara Diretora Juli Anne
ResponderExcluirConcordo plenamente com as considerações da senhora, mas o que quis refletir, na verdade, é um espelho do que ouço no dia-a-dia sobre o sistema escolar, tanto público quanto privado. Não significa que eu concorde com essa visão, tanto que não tenho meu filho na rede privada.
Nem de longe minha intenção seria desrespeitar os professores, até porque tenho uma amiga diretora, que me contou o valor absurdo da hora-aula, que todos já sabem: R$8,00.
No entanto, percebo sim que temos problemas urgentes no tocante ao trato dos adultos para com a infância que, infelizmente, pode estar perdendo seu lugar na nossa sociedade.
Andrea: trabalhei por anos a fio tanto na instituição pública como a privada e assino embaixo deste seu artigo sem medo de errar, pois vivenciei tudo isto e um pouco mais do que você publicou. "Não podemos tapar o sol com a peneira", não é mesmo?
ResponderExcluir. Abraços Poéticos Piracicabanos de Ana Marly de Oliveira Jacobino