A Criança e a TV
O meio de comunicação de massa mais difundido em nossa sociedade, apesar do avanço da Internet, ainda é a televisão. Mesmo com todas as suas deficiências, é fato que os programas televisivos ampliam o acesso à informação. No entanto, precisamos começar a nos perguntar:
Como nossas crianças têm sido tratadas pelos produtores de televisão? Quais valores humanos, éticos e morais são difundidos e legitimados nas novelas e nos desenhos? A TV respeita o Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante o direito à proteção frente aos meios de comunicação?
Atualmente convivemos com crianças pequenas, de 3 ou 4 anos - que deveriam estar vivendo intensamente a fase da fantasia, o desenvolvimento da criatividade -, imitando cenas eróticas de novelas e gestos agressivos de desenhos. Convivemos com crianças maiores que pedem celulares e carros de presente, invadidas por um consumo adulto totalmente inadequado.
Ou não? É bom para uma menina de 6 anos desejar "colorir com tinta" os seus cabelos, tão novinhos ainda? É bom para um menino, ao descobrir seu potencial motor, sua capacidade de chutar uma bola e pular como saci, ficar inerte na frente da televisão, mexendo quando muito os olhos?
Sabemos que nada disso é muito saudável, mas aceitamos a ditadura da TV.
Sem mesmo perceber, permitimos a Sua presença, quase como um ente querido, em todos os ambientes que freqüentamos: desde a academia de ginástica, o restaurante, o consultório, até o interior de nossas casas, nossos quartos e os dos nossos filhos.
Na maior parte das vezes, inclusive, não há mais possibilidade de nos relacionarmos uns com os outros sem a mediação da televisão. As reuniões familiares, por exemplo, em geral são acompanhadas pelos ruídos dos jornais ou das novelas.
Como nossas crianças têm sido tratadas pelos produtores de televisão? Quais valores humanos, éticos e morais são difundidos e legitimados nas novelas e nos desenhos? A TV respeita o Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante o direito à proteção frente aos meios de comunicação?
Atualmente convivemos com crianças pequenas, de 3 ou 4 anos - que deveriam estar vivendo intensamente a fase da fantasia, o desenvolvimento da criatividade -, imitando cenas eróticas de novelas e gestos agressivos de desenhos. Convivemos com crianças maiores que pedem celulares e carros de presente, invadidas por um consumo adulto totalmente inadequado.
Ou não? É bom para uma menina de 6 anos desejar "colorir com tinta" os seus cabelos, tão novinhos ainda? É bom para um menino, ao descobrir seu potencial motor, sua capacidade de chutar uma bola e pular como saci, ficar inerte na frente da televisão, mexendo quando muito os olhos?
Sabemos que nada disso é muito saudável, mas aceitamos a ditadura da TV.
Sem mesmo perceber, permitimos a Sua presença, quase como um ente querido, em todos os ambientes que freqüentamos: desde a academia de ginástica, o restaurante, o consultório, até o interior de nossas casas, nossos quartos e os dos nossos filhos.
Na maior parte das vezes, inclusive, não há mais possibilidade de nos relacionarmos uns com os outros sem a mediação da televisão. As reuniões familiares, por exemplo, em geral são acompanhadas pelos ruídos dos jornais ou das novelas.
Nossas crianças, desta maneira, estão correndo o risco de viver uma infância pobre e sem limites para os próprios caprichos e vontades imediatas, cultivando prazeres egocêntricos que não contribuem para o crescimento nem para o amadurecimento individual. Por isso e tantas outras coisas é que, enquanto educadores, precisamos protegê-las, instaurando o diálogo e a discussão sobre a TV, em casa e na escola.
Estive por anos a fio em sala de aula e pude perceber com o passar do tempo toda essa problematização que você alerta na sua crônica. Abraços Poéticos Piracicabanos de Ana Marly de Oliveira Jacobino
ResponderExcluirpaixão e a mãe (miniconto)
ResponderExcluirO escarro do soldado escorre por sua face. Ela ali aos seus pés chora compulsivamente. O seu menino estremece de dor. Ainda ontem, ela o procurava entre os amigos. “Onde está o menino? Onde está meu filho?” No templo sentado entre os doutores da lei, o menino os surpreendia com a sua inteligência. A mãe orgulhosa o retira pelas mãos. Uma gota de sangue cai do seu pulso chagado, ela a ampara com as mãos. Como mãe, você, Maria, o acarinhou, beijou, ninou, lavou suas roupas,... O que fazem com o seu menino? Nas bodas de Canã, o canto, a dança toma conta de todos os convidados. Você, Jesus está alegre, dança com um copo de vinho na mão. A mãe, na cozinha ajuda na preparação dos alimentos. Esta preocupada, o vinho está no fim e a festa ainda está na metade. “Filho, o vinho está acabando!” “Mãe, não chegou a minha hora.” “Façam tudo que ele mandar.”. A água fica com gosto de vinho. A festa continua pela madrugada. As cãibras percorrem seus músculos. A dor intensa do filho sufoca o peito da mãe. O crucificado respira fundo e grita seu último clamor. "Padre, nelle tue mani consegno il mio spirito!" Um soldado atravessa uma lança entre o quinto espaço das costelas, enfiando para cima em direção ao pericárdio, até o coração. “Meu filho! Meu filho como posso ficar sem você. Quero carregá-lo em meus braços. Meu filho! Não está mais respirando? Meu filho, vocês o mataram! Assassinos!” Maria della Pietà, la Madre Addolorata, Madre di Cristo!” “Maria, Pietá, Mãe das Dores, Mãe do Cristo!”
Feliz Páscoa a todos os leitores deste blog
Abraços Poéticos Piracicabanos de Ana Marly de Oliveira Jacobino