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Mostrando postagens de agosto, 2009

Adolescência: partilhando a solidão

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É preciso olhar com mais cuidado para nossos adolescentes. Temos muitas informações sobre adolescência: uma fase de mudanças, de novas referências, de grupalização, de enfrentamento e timidez ao mesmo tempo, de encantamento com a sexualidade, de desejos e frustrações intensas. Apesar disso - ou até por isso -, não sabemos como lidar, como escutar ou mesmo falar com os adolescentes. É urgente a necessidade de se criar canais de comunicação, incentivando os adolescentes a dizerem como vêem o mundo e o que dele esperam, como sentem a vida e o que pensam do futuro, como vivenciam as relações de amizade e de paixão. Através de diversos tipos de grupos, seja na escola, na academia, na balada ou em família, os adolescentes criam uma forma própria de se comunicar, que não prescinde, no entanto, da atenção e do acompanhamento dos adultos. Podemos e devemos tentar compreendê-los, mantendo-nos perto e longe, firmes e afetivos, fortes e frágeis. Muitas vezes cobramos dos adolescentes posturas mais

Orientação: o papel dos pais

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Em nossos tempos, também a educação tornou-se um produto a ser vendido, consumido ou terceirizado. Muitos pais, inclusive, estão confusos frente a ausência de parâmetros para educar seus filhos. É preciso saber, no entanto, que filhos necessitam de pais presentes e disponíveis, desempenhando, tanto quanto possível, o papel que lhes cabe. · A relação com os filhos deve ser pautada na autoridade: podemos ser amigos, e é desejável que sejamos tolerantes e pacienciosos, mas também devemos ser firmes e assumir o nosso papel de orientador e guia. · Compete em primeiro lugar aos pais ensinarem as regras básicas de convivência humana: valores como respeito, disciplina, educação e colaboração precisam ser resgatados. · Todos os pais deveriam refletir sobre o que querem para seus próprios filhos: como desejam que eles se comportem, que valores gostariam que tivessem e em que mundo poderiam viver; a educação deve ser baseada nesses princípios, e não no que diz e oferece a televisão. · Permitir qu

Paternidade e Relações Familiares

Não é tarefa fácil refletir sobre o papel de pai em nossa sociedade. O movimento e a dinâmica da história da humanidade criaram configurações familiares outrora impensáveis. É preciso reconhecer que, nos dias de hoje, há diversas maneiras de ser pai, de cuidar dos filhos e de constituir uma família. A família tradicional e eterna, que se conserva a todo custo no tempo, não é mais soberana. Temos então muitos pais separados e filhos que habitam pelo menos duas residências. Novos laços amorosos, estáveis ou não, são criados, resultando muitas vezes nas chamadas famílias reconstituídas. São casais que já têm filhos de relações anteriores e por isso mesmo desempenham também o papel de padrastos ou madrastas. Casais adolescentes de namorados desenham ainda outros formatos de organização familiar, ao morar com seus próprios pais para cuidar dos filhos que vieram sem planejamento. Constatamos aqui a forte presença dos avós na educação das crianças. Poderíamos incluir, nessa breve descrição, a