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Mostrando postagens de dezembro, 2016

2017

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Natal: a infância como um outro

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"(...) a infância é um outro: aquilo que, sempre além de qualquer tentativa de  captura, inquieta a segurança de nossos saberes, questiona o poder de nossas práticas e abre um vazio em que se abisma o edifício bem construído de nossas instituições de acolhimento. Pensar a infância como um outro é, justamente, pensar essa inquietação, esse questionamento e esse vazio." Jorge Larrosa, Pedagogia Profana. O trecho acima foi extraído do capítulo O Enigma da Infância, do livro Pedagogia Profana, escrito pelo grande educador espanhol, filósofo e ensaísta Jorge Larrosa, que dispensa apresentações.  O livro, sem dúvida alguma, é um clássico da filosofia da educação, transitando entre a pedagogia e a literatura para questionar os parâmetros normativos que aprisionam a infância na modernidade. A concepção de "infância como um outro", se permitirmos, transforma nossa visão de mundo, pois nos autoriza a aprender com as crianças o que não sabemos, o que nunca sa

10 de Dezembro: Direitos Humanos

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Hoje comemora-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos.  Nessa data, em 1948, foi proclamada a Declaração Universal de Direitos Humanos pela Assembléia Geral das Nações Unidas,  como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e países.  Conheça e participe da nova Campanha da ONU:  https://nacoesunidas.org/dh2016/

Das palavras que se foram em 2016

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Nada mais para dizer.  As palavras se calaram, as palavras se extinguiram. Tento pronunciá-las, mas elas se vão, arrastadas pelo vento anunciador da morte. Quem me dera encontrá-las novamente por aí, em qualquer lugar, de qualquer maneira. Por que será que me abandonaram? Onde estarão agora? Palavras que sempre me habitaram, palavras que me constituíram, palavras que me disseram o que é o mundo... essas palavras, fundadoras de mim, já não existem. Como será possível inventar uma poesia, pensar uma emoção ou chorar um grande amor? Se até nossas lágrimas são feitas de palavras!  Nossas tristezas são balbucios de letras esmagadas e nossas alegrias são gestos silábicos quase impronunciáveis! Os escritores e poetas - Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Monteiro Lobato, José Saramago, Virginia Wolf, Proust, Kafka, Shakespeare... como sobreviverão sem as palavras? Aflitos na tumba, choram em desespero e lamentam a tragédia do século XXI. Porque sem as palavras, t