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Mostrando postagens de outubro, 2016

Dia dos Professores: devoção e civilização

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Infelizmente neste 15 de outubro não há nada para se comemorar em relação ao Dia dos Professores. Enquanto categoria profissional, os professores e educadores de nosso país são cada vez mais menosprezados pelo sistema político dominante. É fato comprovado, inclusive, que a quantidade de pessoas que abandonam a carreira de professor aumenta anualmente. Também o adoecimento, físico e psíquico, aponta para condições de trabalho insalubres, não apenas no ensino público como também na rede privada. Ao mesmo tempo, há um número vasto de pesquisas na área de desenvolvimento infantil, corroborando a importância do professor na vida das crianças. Na educação infantil, o acolhimento e a afetividade importam sobremaneira; no ensino fundamental e principalmente no ensino médio, os valores e posicionamentos éticos dos professores são imprescindíveis para a formação dos adolescentes. Por que, então, a remuneração e a valorização destes profissionais decresce a cada dia, desestimulando a

Imagens da Cidade

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Calçadas esfoladas ruas machucadas Brancas faixas abandonadas. Esgoto em córregos sombrios Erva daninha sob pés insistentes na caminhada. À caça das árvores nada se comemora: quase todas arrebatadas por mãos cruéis do humano capital. Cimento pedra restos de gente. Abaixo dos viadutos ou em praças repelidas, o cheiro da morte: eis a dor dos “indignos de vida”. Nas quebradas, algum pó. Gritos apavorantes tiros estrondosos. Quadras depois, muros cercas elétricas vigias da noite. Lágrimas escorrem pela cidade cor de sangue. Solidão, palavra evocação. Desigualdade, palavra fundamento. Indiferença, signo da pós-modernidade. NOTA: Este poema nasceu das caminhadas que realizo pela cidade onde resido.