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Mostrando postagens de agosto, 2016

Alta Performance: o massacre da infância

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A sociedade do desempenho vem se consolidando no século XXI de maneira avassaladora. Nada nem ninguém fica à deriva dos valores estimulados pela concepção de rendimento e eficiência máxima, culto à competição, produtividade e eficácia sem limites. O homem contemporâneo é um “sujeito empresarial”, conforme definição dos filósofos franceses Pierre Dardot e Christian Laval, na obra-prima A Nova Razão do Mundo. Enquanto sujeitos empresariais tentamos acriticamente gerenciar nosso tempo, nossa vida e nossas relações humanas a partir de uma ótica empreendedora, na qual o que importa é sempre o nosso próprio lucro e sucesso, também denominado “gozo” pelos filósofos citados. Naturalizada entre nós, esta lógica empreendedora (ou neoliberal) tem custo, faz vítimas e amplia o sofrimento psíquico. É fato que nossa subjetividade vem sendo constituída, há tempos, para aceitar e jamais questionar tal sistema de sociedade. Por isso, em geral, não nos alarmamos quando observamos crianças

Dia dos Pais

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Para que não esqueçamos.

Dia do Estudante: o uso das tecnologias

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Na última quinta-feira, 11 de agosto, foi comemorado o Dia do Estudante. Em homenagem a esta data, publico um texto escrito por Luan Martins Corrêa, estudante do segundo ano do Ensino Médio. Trata-se de uma reflexão a respeito do uso das tecnologias eletrônicas. Com o desenvolvimento tecnológico significativamente grande que vem ocorrendo durante as últimas décadas em todo o mundo, o uso de equipamentos eletrônicos e da internet cresceu de forma intensa. Junto a isso surgiu uma grande preocupação em relação à dependência que essa modernização científica pode gerar. O uso excessivo das máquinas acaba ocasionando vários déficits aos membros da sociedade global, principalmente às crianças e adolescentes. Ansiedade, depressão, falta de atenção, hiperatividade e agressividade são listados como os sintomas mais comuns apresentados, que se encontram em condições nas quais não há controle necessário da jogatina online e da utilização das redes sociais. Percebe-se então uma sér

Um Poema para o Menino

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"Temos que dar uma chance à vida"- Anistia International Brasil. Segundo dados dessa organização não governamental de direitos humanos, o Brasil vive uma epidemia de homicídios que não é discutida pela sociedade nem pelos meios de comunicação. As principais vítimas são os jovens do sexo masculino, especialmente os habitantes negros das periferias, que compõem 77% dos assassinados. Trata-se de uma realidade que reflete a cultura de violência na qual todos estamos inseridos. Qual a nossa responsabilidade frente a este cenário tão triste e preocupante? Será que a arte e a literatura podem nos ajudar a cultivar outros olhares, mais solidários e compreensivos?  Esta é a proposta do poema A morte do menino, de minha autoria: criar condições afetivas para que nos coloquemos no lugar do outro.  Fui menino nascido no esgoto de um barraco cheio de vermes. A pobreza habitou meu mundo, nela sobrevivi aos 12. Sujo e lamacento de cor de pele, sempre quis o azul do c