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Mostrando postagens de maio, 2018

Experimento de Milgram, banalidade do mal e consciência

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Experimenter ou O Experimento de Milgram (2015), filme dirigido por Michael Almereyda, apresenta aos espectadores a biografia de um importante psicólogo e pesquisador norte americano. No Netflix é possível encontrar o título. A película é rara, muito bem construída, com ótimas interpretações. Enfoca especialmente os polêmicos experimentos realizados por Stanley Milgram nos anos 60 e 70, na Universidade Yale dos EUA. Milgram era judeu e se interessava em responder a seguinte pergunta: por que obedecemos ordens superiores mesmo sabendo que estamos fazendo algo errado? O genocídio judeu e muitos outros só foram possíveis na medida em que pessoas comuns se submeteram às ordens de líderes nazifascistas, estimulando e impondo a matança generalizada. Como ocorre esse processo de obediência a uma determinada autoridade? Este o tema, ainda atual, de Milgram. Para realizar o experimento diretamente com as pessoas, em laboratório de psicologia social, o pesquisador selecionava vol

Arte, Reflexão e Encontro: considerações importantes

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Bate-Papo entre José Miguel Wisnik e Siba A Paixão na Arte Vanguardista - SESC Piracicaba/Maio 2018 Em tempos desalentadores como o nosso, compartilhar espaços poéticos e reflexivos possibilitam, de algum modo, certo sinal de vida, como se encontrássemos pequenas faíscas de encantamento que têm o poder de inventar, recriar e grassar uma emoção mais genuína entre todos aqueles que almejam respirar ares menos nefastos. Foi assim o diálogo entre estes dois poetas artistas brasileiros: música, poesia e sabedoria se intercalaram durante quase duas horas, com o seleto público presente. Para abordar a arte, foi necessário proclamar a vida, sublinhando a existência de cada um de nós com a pergunta essencial, insinuada nas entrelinhas: por que estamos aqui, para que vivemos? Magistralmente, tanto Wisnik como Siba nos indicaram as pegadas de seus caminhos, com testemunhos de percalços e estranhamentos. Assim quem sabe pudéssemos, como anônimos mortais de um planeta tão esquisito,