A arte que nos reabilita: indicações para a dignidade

Para resgatar a dignidade de todos nós, para cultivar a possibilidade de nos entendermos a todos como seres iguais em humanidade, sem demérito de raças, crenças ou condição sócio econômica; para reconquistar nossa potência de sentir, compartilhar e buscar algo próximo à felicidade, registro duas importantes obras: uma cinematográfica e outra literária.



Eu Não Sou Seu Negro é um documentário avassalador, concorrente ao Oscar deste ano. Apresenta ao público a história dos negros americanos narrada pelos próprios negros. Um filme absolutamente crítico, portanto de difícil digestão, a nos propor questionamentos, incômodos e reflexões.
Creio que as questões tratadas neste documentário são pertinentes ao Brasil também.

Sob um outro prisma, magnificamente lírico, o escritor apaixonante Valter Hugo Mãe nos auxilia a reabilitar uma certa fé no mundo, por intermédio da afetividade nas relações pessoais. Seu romance O filho de mil homens, como tantos outros, toca profundamente nossa sensibilidade, com beleza, poesia, dor e redenção. O nome do protagonista de O filho de mil homens já indica do que se trata: Crisóstomo.
Boa leitura!



"Em poucos dias, todos o conheciam na vila. Era o pescador de filhos. Diziam que andava pelas casas à pesca de filhos e alguns, para brincarem com ele ou para o magoarem, mandavam-no ao mar, que um pescador era bicho para a água e lá era que havia peixe."

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