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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Reflexão - memória e terapia: uma pequena homenagem

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A educação é um processo contínuo e inacabado, quase sempre provisório, jamais concluído. Participando de cursos e grupos de estudos na Faculdade de Educação da Unicamp, tive o enorme prazer de conhecer e ser aluna da querida professora Carol (Maria Carolina Bovério Galzerani), também diretora do Centro de Memória da FE.  Importante pesquisadora da Universidade de Campinas, autora de diversos artigos científicos e livros, como o recente Memória, Cidade e Educação das Sensibilidades (2014), Carol foi uma daquelas pessoas raras que cruzam os nossos caminhos, com humanidade tamanha e inigualável. Com ela todos podiam aprender a questionar o mundo de uma maneira doce e delicada. Para homenageá-la, reescrevo e publico algumas reflexões pessoais que realizei como terapeuta, estudando o filósofo Walter Benjamin junto à professora Carolina. Benjamin legou-nos uma obra magnífica na qual argumenta a concepção de memória como construção social e subjetiva. Para ele, nós nos tornamos su

Leituras

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"Considera-se tanto mais civilizado um país, quanto mais sábias e eficientes são suas leis que impedem ao miserável ser miserável demais, e ao poderoso ser poderoso demais." Primo Levi, em É isto um homem? Livro que relata as atrocidades d os campos de concentração nazista e nos faz refletir sobre o que Thomas Piketty, economista que escreveu O Capital no século XXI, vem nos alertando: o excesso de concentração de renda no mundo.

Carnaval e reflexão

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Informações sobre prevenção: http://www.brasil.gov.br/saude/2015/01/ministerio-lanca-campanha-de-prevencao-as-dst-e-aids-para-carnaval-2015 E algumas palavras da Kit Menezes, uma grande amiga, educadora e artista piracicabana, para que possamos refletir nesse momento tão tumultuado do Brasil: "Nas mesas de bar, na sala dos professores, em espaços culturais as discussões se repetem, as narrativas se multiplicam e a gente se agarra às que mais nos contemplam. Por isso as vezes acho que devemos nos recolher. Refletir, antes de falar - ou decidir pelo silêncio. Tentar entender, antes de contradizer. Digo isso a mim mesma primeiramente, que me exalto amparada nas minhas certezas antes de ser traída. Difícil é saber pra onde ir. Na dúvida, seguimos observando: algum sinal deve indicar um caminho."

Das árvores que choram o desespero da humanidade

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Ouvimos notícias sobre a destruição do planeta Terra o tempo todo, pelo menos há cerca de 40 anos. Não só ouvimos como também somos participantes dessa destruição. Poderíamos ter aprendido a usar os recursos de nosso habitat de outro modo, mas temos escolhido a ambição desmedida aliada ao consumo excessivo. As consequências disso estão em curso, não é preciso muita explicação. Obviamente que ficar procurando culpados não é nada produtivo, pelo contrário, tende a aumentar nossa impotência e gerar um clima de ódio. Discursos que colocam todas as responsabilidades apenas no indivíduo não são lúcidos, são empobrecedores na medida em que não consideram a sociedade em suas relações de poder. Por outro lado, responsabilizar apenas as instituições políticas e governamentais ou os sistemas privados capitalistas que constituem o tal mercado financeiro, incluindo a mídia, contribui com um posicionamento de fuga e omissão. Ainda ouço: “não adianta fazer nada, é perder tempo querer mudar algum