Pelo resgate da memória e da história




Nunca se falou tanto sobre o golpe civil militar de 1964. Portanto, estamos vivendo um momento ímpar, no qual o resgate da nossa própria história e memória é de extrema importância. Somos sujeitos históricos, nossa subjetividade é construída socialmente. 
Nas palavras de Pilar Calveiro, sobrevivente da ditadura argentina e autora do livro Poder e Desaparecimento - os campos de concentração na Argentina (Boitempo Editorial):

"As sociedades têm uma enorme capacidade de memória que está aflorando de diferentes maneiras. É uma memória das dores e das violências vividas, mas também é das resistências e dos medos. Se lhe damos um lugar, essa memória traz consigo um aprendizado político muito grande. É uma bobagem ter medo dela, porque o que foi vivido, na medida em que se transmite e se converte em experiência, dá a possibilidade de elaborá-lo coletivamente para construir outra coisa. Nossas democracias necessitam das práticas de memória."

Essas "práticas de memória", que se arranjam e se configuram principalmente em grupos, em movimentos sociais ou em narrativas familiares, são as possibilidades criativas que temos para construir uma vida mais saudável e menos autoritária.

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