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Mostrando postagens de outubro, 2011

Cotidiano: vida automática?

Vivemos em tempos difíceis, alguns diriam “desumanizados”. Acordamos, trabalhamos, estudamos, vemos TV ou internet, cuidamos dos filhos, da casa, fazemos compras e dormimos. Também adoecemos, morremos jovens ou velhos, crianças ou adultos. Porquanto a única certeza da vida seja a própria morte, evitamos freqüentemente falar sobre ela, esquecendo-nos, assim, de que o humano é provisório, não é eterno. Ou seja, somos seres mortais, temos um tempo a ser vivido, que se esgota a cada dia. Será que vivemos realmente as nossas vidas? O que seria isso? Sentimos e percebemos o que estamos fazendo ou apenas agimos automaticamente, sem refletir ou fazer escolhas? Uma pessoa me disse com franqueza: “nada mais me toca”. Ela estaria viva, ou seria uma espécie de “morta-viva”, cumprindo com todas as obrigações diárias, todas as expectativas alheias, sem nenhum questionamento? Através dos minutos dos relógios que nunca param, somos insistentemente assombrados por um cotidiano cruel, que nos transform

Sarau Literário: Amigos da leitura

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Educação informal: qual o valor da arte?

Atualmente, mais do que nunca, muito se discute sobre a educação formal das crianças e adolescentes: quais os métodos de ensino adequados, quais os conteúdos importantes, como desenvolver competências, como garantir competitividade. Nada se fala, no entanto, sobre a educação informal que a arte, inserida na prática da cultura cotidiana, pode proporcionar. As crianças são incentivadas a freqüentar o teatro? Assistem peças infantis, vão a museus, bibliotecas e salões, por exemplo? Qual o valor que esta "educação da sensibilidade" tem na sociedade moderna brasileira? Nenhum? Até onde percebo e acompanho, a vida das pessoas, em geral, é bastante empobrecida neste critério, sejam elas de classe alta ou menos favorecida. Com as crianças e os jovens, não poderia ser diferente: é a tv e a internet que coordenam o tempo livre. Quando muito, o cinema participa de alguns passeios, principalmente por estar nos shoppings e exibir filmes comerciais americanos. Com certez