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Mostrando postagens de outubro, 2010

Dia Nacional do Livro: por que ler?

Até os dias de hoje, ler continua sendo uma atividade revolucionária. Lembremos do excelente filme de Truffaut, Fahrenheit 451, de 1966: os livros devem ser queimados em nome de um governo totalitário, que obriga seus cidadãos a pensarem e se comportarem de acordo com leis arbitrárias. No século XXI, obras literárias importantes, incluindo Monteiro Lobato, ainda são alvo de críticas e censuras inconsistentes, diante de um mundo globalizado e teleguiado. Assistir televisão e jogar vídeo game todo dia é uma atividade absolutamente normal no universo da infância. Consumir programas abusivos e propagandas sedutoras a cada dois minutos é tão permitido quanto incentivado. Nos desenhos, nas novelas, nos realities shows ou nos mais absurdos auditórios onde as crianças são indecentemente exploradas, a prática de uma permissividade quase inquestionável deveria ser contida. Mas não é. Os livros são. Os livros, atualmente, são questionados por racismo, pornografia excessiva, estímulo à violência,

Criança Consumo

Criança consumo Habitante de um mundo solitário Prisioneira de artifícios do querer. Criança consumo Enredada na vaidade dos adultos Vive deles os desejos mais ocultos. Criança consumo Tanta face sem nome pelo mundo A servir apenas um senhor: O lucro ensandecido do poder. Criança consumo Reino absoluto do vazio Pois que nada há de contemplar Vontade imensa de brincar. Criança consumo Impedida de ser criança E de ter infância. Espelho de um mundo triste, Indigno de tua verdade. Este é meu poema reflexão em homenagem ao Dia da Criança.

Filme A Onda: Democracia x Autocracia

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Para quem ainda não assistiu, vale a pena conferir este belíssimo filme alemão, produzido em 2008 e dirigido por Dennis Gansel. Baseado em fatos reais que ocorreram nos EUA, em 1967, o filme narra a experiência educacional de um professor com seus alunos, adolescentes. O resultado da tal experiência, infelizmente, é uma tragédia. No cenário atual, lembrar deste grande filme pode fazer muito sentido. Apesar de tantas decepções e desencantos com nossos políticos, a possibilidade e o direito de escolhê-los ainda é a única maneira de garantir um certo nível de liberdade em nossas vidas. É fato que temos optado por abdicar desta liberdade, na medida em que cobramos pouco de nossos eleitos e não assumimos uma série de responsabilidades enquanto cidadãos. Exemplos não faltam nas cenas diárias que acompanhamos, das quais muitas vezes somos os próprios autores. Como ainda somos frutos dos sistemas autoritários e ditatoriais do século XX, é muito mais fácil que alguém faça por nós,