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Mostrando postagens de setembro, 2010

Cinema e subjetividade

Refletir sobre a possível função terapêutica do cinema, nos dias de hoje, é algo que considero muito interessante, posto que vivemos em um mundo controlado por imagens. A imagem produzida pelo cinema tem suas especificidades. Quando entramos nesta sala escura, sabemos que, emocionados ou não, sobreviveremos fisicamente. A distância entre nós e o quadro no qual uma narrativa se desenvolve é determinante, bem como confortável. Estamos protegidos dos ataques, das balas, das mortes, do horror, da doença ou da fome. O mesmo não se pode dizer quanto a nossa subjetividade. Penetramos o filme, permitindo que ele se instale em nós e nem sempre dele saímos inteiros. É possível, então, que alguma nova intensidade comece a fazer parte de nossas vidas, nosso olhar para o mundo, nossos relacionamentos. Nessa nova intensidade sonhamos, imaginamos, tocamos o irreal e o tornamos quase real, com freqüência solitariamente, em nossa mais profunda e intocável intimidade. Alguém poderia afirm

Amizade em poesia

Não é o dia da amizade, mas para comemorar novos encontros e conquistas, publico a tradução da maravilhosa letra da canção L'amitié ( 1965 ), que foi tema do filme As Invasões Bárbaras, digno de ser contemplado. “Muitos de meus amigos vieram das nuvens, com o sol e a chuva como bagagem. Fizeram a estação da amizade sincera, a mais bela das quatro estações da terra. Têm a doçura das mais belas paisagens e a fidelidade dos pássaros migradores. Em seu coração está gravada uma ternura infinita, Mas, as vezes, uma tristeza aparece em seus olhos. Então, vêm se aquecer comigo e você também virá. Poderá retornar às nuvens e sorrir de novo a outros rostos, Distribuir à sua volta um pouco da sua ternura Quando alguém quiser esconder sua tristeza. Como não sabemos o que a vida nos dá, Talvez eu não seja mais ninguém. Se me resta um amigo que realmente me compreenda, Me esquecerei das lágrimas e penas. Então, talvez eu vá até você aquecer Meu coração com sua chama." Vale a pena ouvir a mú