Imagens e Estereótipos Femininos

Refletir sobre o papel da mulher na atualidade exige grande exercício de sensibilidade e honestidade.

Em geral, é muito difícil nos descolarmos dos apelos da mídia, que ora engrandece uma mulher absolutamente idealizada, ora destrói essa mesma mulher. Vale a pena checarmos os Suplementos Femininos dos grandes jornais impressos ou das revistas de moda para constatarmos algumas imagens: a figura feminina reduzida a produtos de beleza, a malhação e calorias, a cabelos sedosos, cintura fina e pele suave.

Obviamente que tal mercantilização do ser humano não se restringe à mulher, estendendo-se também aos homens, crianças e às diversas minorias. Tudo está à venda atualmente, com belas embalagens e muita sedução, algo que somente um marketing competente, por vezes nada ético, poderia criar.

Mas será que temos que nos encaixar nos rótulos e estereótipos propostos por outros? Para que?
Será que percebemos o quanto estamos envolvidos nessa rede de imagens e valores que mais nos aprisiona do que liberta?

Sinto-me bastante afrontada, bem como desestimulada, ao tentar assistir os programas de TV dirigidos ao público feminino. Tenho quase certeza de que tanto eu quanto outras mulheres não se encaixam em nenhum desses formatos “pré-moldados”, que insistentemente nos são impostos.
Por vezes fico indignada com a distância que existe entre nossa realidade, nosso dia-a-dia e a superficialidade ou banalidade desses programas. Nada que acrescente em nossa subjetividade, pelo contrário, pode até nos ferir...

Comentários

  1. Aplaudo a sua crônica essa maneira de "ver a mulher" me afligi. Não perco tempo com programas femininos, novelas...é sempre o mesmo discurso repleto de imagens negaticas. Abraços Poéticos Piracicabanos de Ana Marly de Oliveira Jacobino

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