Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2010

Filhos: desejos e expectativas dos pais

Imagem
Muito mais do que percebemos, as expectativas formam um grande vetor de força e fragilidade em nossos relacionamentos, participando ativamente de nossas emoções, ações e fantasias. Um casal que está prestes a receber um filho, por exemplo, pode imaginá-lo loiro ou moreno, de olhos castanhos ou azuis, do sexo feminino ou masculino. Pode ainda fantasiá-lo sendo sapeca ou bem comportado, tornando-se músico ou engenheiro. As fantasias são muitas e revelam expectativas acerca da criança que ainda nem existe concretamente, mas que vai tomando forma e se corporificando no útero materno. Quando chega ao mundo, portanto, a criança já está inscrita nos valores da sociedade e nos desejos familiares. Porém, para se tornar um indivíduo saudável com o mínimo de autonomia, é preciso que essa mesma criança se diferencie das expectativas de seus pais e cuidadores, trilhando caminhos que nem sempre são esperados. Em geral, é muito difícil para nós, adultos, separarmos nossos filhos de nossos próprios d

Nossos projetos: expectativas e frustração

Em geral é nesta época, de início de ano, que traçamos projetos importantes para nossas vidas, a serem realizados ou abortados no decorrer dos meses e dias que vão passando. Pensamos em estudar mais, em dormir menos, em ganhar mais dinheiro, em investir nisto ou naquilo... Comprar o tal carro, móvel ou casa, fazer aquele curso e aquela viagem, conquistar novas coisas, pessoas ou posições. Mudar enfim o que nos incomoda, tentando organizar a bagunça de nossos desejos, expectativas e ambições. Sabemos, de antemão, que nunca é possível dar conta: o dinheiro não chega, o curso não acontece, desistimos do carro novo, a viagem fica para o outro ano, não mudamos de emprego... Só com muito humor para agüentar tantas frustrações em nosso dia-a-dia, que foge das nossas mãos, de nosso controle, feito cavalo a galope ou pássaro liberto do cativeiro! Sem contar ainda com a possibilidade de surgirem situações trágicas, que envolvem doença, morte ou desemprego. Infelizmente talvez tenhamos que aprend

Pensando alto: nosso futuro no planeta Terra

É triste começarmos o ano de 2010 em estado de comoção nacional, motivado por desastres ambientais que poderiam ser evitados, mas não são. Pelo contrário, são recorrentes e vêm aumentando. Embora um dos assuntos mais discutidos nos dois últimos meses de 2009 tenha sido a 15ª Conferência da ONU sobre o clima, em Copenhague, sabemos do pouquíssimo avanço contemplado nas negociações entre os líderes e chefes de Estado, interessados, pelo que consta, na proteção da espécie humana no planeta. Polêmicas à parte, é consenso que o aquecimento global é um fenômeno tanto natural quanto humano, ou seja, está inserido em ciclos previsíveis da natureza, que já ocorreram em outros momentos da existência da Terra, e ao mesmo tempo é agravado pela ação do homem, que produz excessiva poluição e destruição. A questão que muito tem sido levantada por grandes pensadores contemporâneos é: o planeta sobrevive, se sustenta frente às catástrofes, mas o homem talvez não. Isto posto, significa que somos nós que