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Mostrando postagens de julho, 2009

A cultura do medo

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Um dos teóricos mais conceituados da atualidade é Zygmunt Bauman, sociólogo de grande prestígio e intensa produção intelectual. Livros como Medo líquido, dentre outros ( Modernidade líquida, O mal-estar da pós-modernidade ), investigam os males que atormentam nossa cultura, a ponto de nos tornar reféns de nosso próprio tempo, de nossa própria época. Como entender o adiamento do retorno às aulas no estado de SP ( e em outros ), com amplo apoio popular ao que parece, visando o controle do vírus da gripe suína? Para Bauman, a contemporaneidade é regida pelo medo. Vivemos sob o medo, a partir do medo, controlados pelo medo e também alimentados por ele. Apesar de tanta tecnologia, de tantos recursos criados pela humanidade para gerenciar o mundo, sentimos muito medo, somos demasiadamente vulneráveis. Talvez sejamos ainda mais inseguros do que nossos antepassados, posto que não somos capazes de conviver com a natureza, respeitando-a e aceitando-a. Ao mesmo tempo, fabricamos incessantemente

O educador facilitador

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No nosso mundo contemporâneo, repleto de informações e estratégias de controle a todo momento, é difícil ser um educador facilitador, seja no papel de pai, mãe ou professor. Somos estimulados, pela própria cultura na qual vivemos e participamos, a dar respostas para todas as perguntas, de preferência respostas que não exijam muita reflexão. Somos incentivados a explicar racionalmente os fenômenos que nos interessam, sem uma investigação mais sensível e profunda. Dessa maneira, muitas vezes sem perceber, não permitimos que nossas crianças e adolescentes desenvolvam a própria inteligência e criatividade. Para compreender o mundo e descobri-lo, é preciso ficar angustiado, ter ânsia de pesquisa, num ambiente que acolhe a curiosidade e a busca constante pelo conhecimento. Não me refiro ao conhecimento pronto, mas aquele que se constrói na experiência, na interação. Normalmente somos nós que ficamos ansiosos com as questões que nos são colocadas, pois entendemos que somos obrigados a respond

Obra aborda Psicodrama e Educação

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O texto abaixo foi escrito pelo colega e jornalista Rodrigo Alves , publicado em 5/07/2009 no Jornal de Piracicaba, por ocasião do lançamento de um livro sobre Psicodrama e Educação, do qual participo. Pela pertinência do tema e qualidade da matéria, resolvi publicá-lo aqui também. Em de junho de 1989, um restrito grupo de alunos e professores se reuniam em Tietê para a formação da Escola de Psicodrama. Ali, estudavam as possibilidades de aplicação da educação emancipadora, método que propunha a mudança na relação professor e aluno e que hoje possui muitos adeptos. As vivências daquele momento e as análises dos resultados se transformaram no livro Psicodrama e Emancipação — A Escola de Tietê, organizado por Moysés Aguiar e com participação da psicóloga e psicodramatista piracicabana Andréa Raquel Martins Corrêa. Dividida em 31 capítulos, a obra possui a colaboração de 30 autores, todos envolvidos com a pesquisa e aplicação do psicodrama — conhecido também como teatro espontâneo —, n